O que é Trip-Hop?

Trip-Hop: também chamado de "música de Bristol", em referência à cidade da Inglaterra, onde o gênero surgiu, é um estilo musical primariamente definido pela união do eletrônico (em suas diversas vertentes) com instrumentos acústicos convencionais, levada por batidas de Hip-Hop em downtempo (batidas desaceleradas, menos de 120 BPM) . Som urbano e ao mesmo tempo etéreo. Introspectivo e sensual. Alguns grupos o farão balançar a cabeça enquanto você bate o pé no chão enquanto outros possivelmente baixarão a sua pressão sanguínea.

sábado, 13 de outubro de 2012

A minha história

Eu comecei a programar, por volta de 2002, em um videogame chamado Dreamcast, um dos primeiros a possuir um navegador de Internet. Utilizando um site que se encarregava de transferir o código escrito nele para o FTP de um servidor Web, eu escrevi minhas primeiras linhas de HTML. Pelo videogame ligado na televisão. Uma experiência interessante.

Criei uma página pessoal. Outra para o grupo de amigos que jogava Quake 3. Aquela brincadeira me fascinou, mas eu queria mais. Queria um forum. Enquetes. Interação.

Não levou muito tempo para descobrir que o HTML que eu usava até então não era suficiente. O HTML era só o começo: para realizar esses desejos eu precisava de mais, de uma verdadeira linguagem de programação.

Como eu usava ferramentas da então Macromedia na época e o ColdFusion oferecia uma sintaxe de tags semelhante à que eu já usava no HTML, ele foi a minha primeira escolha. Desenvolvi livro de visitas, enquetes, um sistema de forum primitivo.

Minha adolescência foi passando e logo comecei a pensar em trabalho. Por que não unir o útil ao agradável? Se gosto de brincar de fazer sites dinâmicos, por que não trabalhar com isso? Com essa mentalidade, descobri que ColdFusion não era a tecnologia mais próspera para eu dedicar meus estudos, e então mudei para PHP.

O tempo que passei com PHP foi mais voltado a estudar e personalizar soluções já existentes. Mexi com PHP-Nuke, PHPBB, Joomla, Drupal e outros que me escapam a memória. Aprendi bastante sobre bancos de dados e a linguagem SQL nessa época.

Minha primeira remuneração, porém, foi fruto de uma parceira com um então amigo, também desenvolvedor, que usava ASP.NET em seus projetos. Foi aí que tive um breve contato com a plataforma .NET e a robusta linguagem C#. Eu sempre tinha escrito códigos procedurais até então, mas em C# eu tive uma prévia do conceito de orientação a objetos. Algo que admirei muito, que almejei, mas de certa forma me assustou por sua complexidade.

Alguns eventos nessa época fizeram eu me afastar da programação por quase 2 anos. Eventualmente eu tive a inspiração para esse projeto, e imediatamente voltei a programar. Só que eu estava completamente desatualizado.
  • O layout de páginas baseado em tabelas que eu havia aprendido não se usava mais e passou a ser extremamente mal visto pelos profissionais.
  • Novas regras do CSS3 também revolucionaram a maneira de se desenhar páginas.
  • O XHTML que eu começava a me adaptar já estava sendo substituído pelo HTML5.  Entendi que os padrões da W3C são algo como os mandamentos da bíblia: ou você os segue ao máximo que puder, ou está errado.
  • O Internet Explorer 6 virou passado. Sem mais gambiarras bizarras. Programação front-end agora apenas funciona.
  • O JavaScript, confusa e odiada linguagem pareceu se transformar do dia para a noite em amada e solução de todos os males.
  • Por fim, a programação orientada a objetos, da qual eu inicialmente havia "fugido", passou a ser o requisito número um para as oportunidades de trabalho. 
Pois é. Pra ter alguma chance de trabalhar nessa área, ser um profissional de desenvolvimento para internet, eu tenho muita coisa para aprender (e reaprender). E é isso que decidi fazer no começo desse ano.

Ataquei primeiro o frontend. Deixei pra trás o layout baseado em tabelas, incorporando plenamente o CSS2 (e aprendendo as novidades do CSS3). Me fundei nos padrões da W3C. Redescobri o JavaScript moderno e tenho estudado o seu framework mais popular, o jQuery.

No backend, o buraco era mais em baixo. Eu realmente só tinha tocado a superfície das linguagens nas quais entrei em contato até então, e realmente precisava aprender o modelo de orientação a objetos. Assim, concluí que o Java seria o foco perfeito para os meus estudos, pois com ele mataria não dois, mas cinco coelhos com uma cajadada só:
  • Aprender Orientação a Objetos
  • Com uma linguagem robusta
  • Que é referência no desenvolvimento para Internet 
  • E Android, a tendência do momento 
  • E que, por esses motivos, é uma das que mais oferece oportunidades para o programador que quer ingressar no mercado de trabalho atualmente
É isso que tenho feito quase todos os dias: estudar Java. Primeiro, aprendi o essencial da linguagem. Depois, o desenvolvimento para internet com JSP/Servlets. Aprendi o essencial de persistência em Java, também, usando Hibernate como implementação da JPA. Hoje tenho focado no estudo aprofundado da linguagem, me preparando para a certificação OCJP.

Com esse projeto de TCC, pretendo aplicar todo esse conhecimento técnico adquirido ao longo dos anos, no curso e nas dezenas de artigos e livros que tenho estudado para consolidar meu aprendizado, ao mesmo tempo em que realizo o desejo pessoal de facilitar a descoberta de músicas do meu gênero preferido.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A origem do projeto



"Se todo dia houver uma música nova por aqui seremos mais felizes. Cada um entra e posta o que tem, e todo mundo sempre tem algo a postar, portanto não há desculpas." 

Essa era a proposta da 1 Trip-Hop por dia, uma comunidade do Orkut criada em 2006 que, durante um tempo, foi um bom local para se descobrir e compartilhar músicas do gênero Trip-Hop entre seus fãs no Brasil. A atividade da comunidade teve seu pico durante alguns meses, mas logo tornou-se muito esporádica, com raros posts novos. Houveram tentativas para reanimar a comunidade, mas nenhuma obteve sucesso.

Insatisfeito com essa situação e a de outros grupos similares que exisitiram e tiveram um fim parecido, procurei entender os motivos pelos quais tais iniciativas não "vingaram" por muito tempo, a fim de encontrar uma alternativa.

Pesquisei em diversos sites e pude determinar alguns dos principais obstáculos:
  • O gênero é de nicho, ou seja: poucas pessoas o conhecem.
  • Como acontece frequentemente na indústria musical, após o "boom" inicial (que, vale mencionar, limitou-se basicamente à Europa e os Estados Unidos) houve a perda da exposição do gênero ao longo dos anos, o que fez muitas pessoas acreditarem que o gênero está morto e perderem o interesse nele.
  • Não bastando o fato de o gênero ser de nicho, os grupos dedicados a ele existentes são em sua maioria pequenos e isolados (pouco conhecem ou interagem com os outros grupos)
O Trip-Hop não está morto. Diversos artistas ainda produzem músicas que se enquadram, assemelham ou inspiram-se nele. Com pouca exposição, porém, fica difícil acompanhar esses lançamentos. Não existe um catálogo central que liste todos os artistas e suas produções. Dessa forma, descobrir músicas nesse estilo consiste em pesquisas extensas ou ao acaso de ouvir algo em algum lugar e ser capaz de identificar a música e seu autor.

Segregação
me pareceu ser a raíz desses problemas, e foi ao determinar estes fatos, em 2011, que eu tive a idéia de criar um site para enfrentá-los de frente, buscando três objetivos:
  • Agregação: Listar todos os artistas e suas produções em um único lugar, de fácil consulta; Unificar os grupos existentes, quebrando a barreira da língua com um ambiente internacional, baseado na língua Inglesa e oferecendo localizações quando possível.
  • Colaboração: Permitir que qualquer um adicione produções ao catálogo, sustentando um ambiente de troca. O visitante entra no site para conhecer músicas, ver o que o site tem a oferecer. Se o visitante conhecer alguma produção que ainda não esteja catalogada, ele pode e será encorajado a adicioná-la para o desfrute dos próximos.
  • Exposição: Compartilhar fácil e legalmente as músicas com seus amigos, facilitando e encorajando menções ao site nas redes sociais; Por se propor a ser o catálogo definitivo, buscar o apoio dos próprios artistas com divulgação e possível disponibilização de materiais exclusivos no site.

Ainda em 2011, impulsionado por essa súbita e forte inspiração, eu logo parti para a programação do site. Eu já tinha uma certa experiência com o desenvolvimento para a internet e minha linguagem de escolha na época era o PHP.

Durante esse período, eu tinha a técnica e mentalidade de um amador: ainda não tinha certeza absoluta se programação era no que eu queria realmente me dedicar e boa parte dos meus conhecimentos técnicos estavam desatualizados, alguns até obsoletos.


Desenvolvi um protótipo, feio e ineficiente. Aos poucos a inspiração foi se esvaindo e quando me deparei com uma complexidade maior, acabei abandonando o projeto.


Meses depois, no final desse mesmo ano, me resolvi comigo mesmo. Percebi que programação realmente é o caminho que quero e provavelmente devo seguir. Me inscrevi no curso técnico de informática da ETEC Heliópolis, a fim de consolidar as minhas bases tecnológicas. E vi que eu precisava "reciclar" meus conhecimentos. Abandonar o ultrapassado, correr atrás do tempo. Efetivamente me qualificar para o mercado de trabalho atual. Tenho estudado no curso e em casa, durante quase todo tempo que passo acordado. Como TCC, escolhi refazer (e mais importante, concluir) esse projeto, aplicando todo o conhecimento que tenho adquirido.